terça-feira, 14 de setembro de 2010

Resenha Critica do Livro “O Alienista” de Machado de Assis.

A Obra O Alienista de Machado de Assis foi lançada em 1882 quando aparece incorporado a papeis a vulso.
A Novela, ou Conto O Alienista conta a história de um “alienado” que queria estudar as patologias do Cérebro Humano, e que por isso construiu a casa Verde, em outras palavras, um Sanatório e estudar a mente humana do ponto de vista Cientifico.
A obra tem treze capítulos, dependendo da editora, e a conjugação está na terceira pessoa do Singular.
Trata-se da história do Dr. Simão Bacamarte, um grande Médico que dedica a estudar a loucura e a tratar doentes mentais.
Ele se muda para uma pequena Cidade e monta ali um Sanatório, a Casa Verde.
Essas novidades mexem com a vida da cidade de Itaguaí, que depois de um tempo não sabe mais o que fazer.
Aqui, em O Alienista, o leitor se diverte, ri a valer, mas perceberá a irônica crítica de Machado de Assis à sociedade burguesa daquela época. Um livro gostoso de ler, uma surpresa a cada página, personagens atípicos e crédulos da suposta superioridade européia na medicina da loucura. Tremenda crítica à sociedade que o autor nunca perdia oportunidade de mostrar patética e hipócrita.
Machado de Assis é o Autor de O Alienista, bem como tantas outras obras.
Marcos Ernst, e Anderson Hauschildt, estudantes da Segunda Série do Ensino Médio da Esc. Prof. Antonio Barélla.

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

RESENHA CRÍTICA DE O ALIENISTA - JEAN E DIELISE


Resenha crítica da obra O Alienista

            A obra O alienista é uma obra do autor Machado de Assis e foi publicada originalmente no ano de 1882, durante o movimento literário denominado Realismo. O livro foi adaptado por Sérgio Luis Fischer e publicado pela editora L&PM, no ano de 2009. O texto O Alienista retrata a realidade social de uma cidade pequena do Rio de Janeiro do século XIX, a cidade de Itaguaí. O foco do conto é o excêntrico e alienado patologista cerebral, Simão Bacamarte, cientista renomado pela Europa que resolve estudar as faculdades do cérebro humano na calmaria do interior carioca.
          O conto é dividido em capítulos, curtos em sua maioria, possui narrador onisciente em 3º pessoa que tece comentários sobre o comportamento e as ações dos personagens e esse conto faz o uso de flash backs narrativos no decorrer do livro. Em seções, o livro está dividido em três partes principais: a primeira é uma introdução sobre a vida de Bacamarte, sobre os seus estudos e também os abusos e devaneios cometidos na hora das apreensões dos supostos dementes de Itaguaí; a segunda, que explica toda a revolta da população contra a tirania do alienista e a seqüente revolta dos canjicas e suas conseqüências na mudança do poder na cidade; e a terceira, que é um desfecho intrigante de todos os atos de Bacamarte e um final inesperado, de certa forma.
A história começa quando Simão Bacamarte foi morar na pacata cidade de Itaguaí depois de formar-se médico em Portugal, onde era tido como cientista renomado. Após finalizar seus estudos na Europa, resolveu voltar ao Brasil para que assim pudesse dedicar-se aos estudos sobre a patologia cerebral. Na pequena e calmíssima Itaguaí, casou-se com Dona Evarista, uma mulher desprovida de beleza e simpatia, porém que apresentava ótimas condições de saúde, e assim poderia dar-lhe filhos saudáveis e robustos. Começa então a observar, analisar e a julgar o comportamento das pessoas, e para efetivar suas pesquisas cria a Casa Verde, um estabelecimento onde as pessoas taxadas como loucas eram abrigadas, com a falsa impressão de que seriam tratadas, porém eram apenas objeto de estudo para o alienista.
 Com o tempo suas atitudes passam a ser questionadas porque pessoas consideradas por todos como sãs também estavam sendo levadas à Casa Verde, despertando revolta na população. Em decorrência disso, um grupo de pessoas organiza-se em torno de um líder, o barbeiro Porfírio para tomar a Casa Verde, destruí-la e matar o Dr. Bacamarte. Esta revolta da população ficou conhecida como a Revolta dos Canjicas. Avisado primeiramente pela esposa de que havia uma grande massa gritando em frente a sua casa e posteriormente por seu amigo Boticário, o alienista dirige-se a essas pessoas com um discurso que já não vinha mais sendo aceito por eles, porém a multidão acalma-se e Bacamarte retorna para dentro de sua residência. Contudo, forças militares chegam para conter tal rebelião, desmotivando os Canjicas, e fazendo com que se rendessem, porém a passagem de um terço de tal força para o lado dos rebeldes faz com que retorne a sede de poder levando-os a tomar parte do governo.
 Bacamarte decide libertar todos que ocupavam a Casa Verde. Toda essa confusão fez com que o alienista parasse para refletir a respeito de suas teses e se elas seriam realmente corretas. Acaba percebendo que ele era um homem completamente sem defeitos; sem desonestidade ou má índole, o que considerava loucura nos outros, levando-o a concluir que seria um ser perfeito. Para confirmar sua nova tese, dirige-se a outras pessoas questionando se ele possuiria algum defeito. Estes lhe declaram que absolutamente não. O alienista não poderia perder a oportunidade de estudar um novo caso, único como esse, então se interna em seu próprio manicômio para estudar a si mesmo. Após dezessete meses, sem novos sucessos em seus estudos, morre na solidão de seu próprio cárcere privado. Foi efetuado seu enterro com muita pompa e circunstância.
O livro O Alienista é um livro que nos traz á tona um novo Período Literário que estava iniciando por meados de 1880, o Realismo. Esse período tinha como características básicas mostrar-nos a vida cotidiana como ela realmente é, de uma óptica nua e crua, sem falsas interpretações ou modificações da verdade. O livro tem um titulo instigante, que deixa as pessoas curiosas a saber todos os devaneios cometidos pelo alienista de Itaguaí. Por ser um livro considerado pequeno, um típico livro de bolso, a sua leitura é ainda mais prazerosa, já que é possível fazê-la em pequenos intervalos de tempo durante o dia. Alguns autores consideram esse livro como uma espécie de pontapé inicial na obra realista machadiana, que após esse conto tornou-se cada vez mais robusta e qualificada. Enfim, esse livro é um livro de agradável leitura e de fácil compreensão, transformando-o em não apenas um livro que em geral é lido por ordem de professores e sim em um livro que o leitor quando o acaba, tem vontade de iniciá-lo novamente, para reviver as emoções da até então pacata Itaguaí.
Esse livro é um livro de suma importância para os estudos da Literatura do 2º ano do Ensino Médio e, portanto é indicado, principalmente, para quem está cursando está série. Mas além de ser indicado para estudantes, este livro pode ser indicado para pessoas que gostam de livros que causem o riso fácil, com grandes aventuras e devaneios, mas que também tem seus momentos de apreensão e tensão; e esse livro é indicado  também para as pessoas que gostem de ler um livro apenas para se distraírem, para ler uma historia agradável e divertida. 
O autor da obra é Machado de Assis, que foi um escritor brasileiro, amplamente considerado como o maior nome da literatura nacional. Escreveu em praticamente todos os gêneros literários, sendo poeta, cronista, dramaturgo, contista, folhetinista, jornalista, e crítico literário e também foi um grande comentados e relator dos eventos político-sociais de sua época. Nascido no Morro do Livramento, Rio de Janeiro, de uma família pobre, estudou em escolas públicas e nunca frequentou universidade. Os biógrafos notam que, interessado pela boemia e pela corte, lutou para subir socialmente abastecendo-se de superioridade intelectual. Para isso, assumiu diversos cargos públicos, passando pelo Ministério da Agricultura, do Comércio e das Obras Públicas, e conseguindo precoce notoriedad em jornais onde publicava suas primeiras poesias e crônicas. Suas obras mais notadas foram e ainda são Memórias Póstumas de Brás Cubas (1881), Quincas Borbas (1891), Dom Casmurro (1899), O Alienista (1882) e Helene (1876).
Jean Carlos Schroder e Dielise Lunara Nedel, alunos do 2º ano do Ensino Médio.